A chave que falta para a ciência compreender vida e morte

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A ciência avançou enormemente na descrição dos mecanismos que mantêm um organismo vivo e daqueles que entram em colapso quando ele morre. Entendemos com precisão como as células funcionam, como o DNA coordena a formação de tecidos, como as proteínas regulam os processos bioquímicos, e como a morte leva à degradação dessas estruturas. Mas permanece uma questão essencial que ainda escapa aos modelos puramente materiais:

Por que a matéria se organiza?

Não apenas como ela se organiza, mas por que ela assume uma configuração funcional, integrada, coesa, direcionada? A física e a química descrevem as interações entre moléculas, mas não explicam satisfatoriamente a presença de um princípio ordenador que mantenha essa organização ao longo da vida. Tampouco explicam o porquê dessa organização cessar de maneira tão coordenada com a morte.

Essa é a chave que falta: o princípio inteligente e organizador que atua sobre a matéria. E é precisamente aqui que o Espiritismo, fundado por Allan Kardec, oferece uma contribuição decisiva para o pensamento científico.

Segundo o Espiritismo, o organismo vivo é estruturado por uma tríade: o corpo, o perispírito e o espírito. O perispírito é um envoltório semimaterial que serve de ponte entre o espírito (princípio inteligente) e o corpo (estrutura material). É o perispírito que molda o corpo físico desde a concepção e que o sustenta durante toda a vida, mantendo a coesão funcional e a identidade orgânica.

Com a morte, o espírito se desliga do corpo, cessando essa ação coordenadora. A matéria, então, entra em colapso não por uma “falha” aleatória, mas porque lhe falta o elemento que lhe dava unidade. As reações químicas que antes eram reguladas por um princípio inteligente passam a seguir apenas as leis naturais da degradação.

Essa visão não é metafísica arbitrária. Kardec propôs o Espiritismo como ciência de observação, baseada em fatos, experimentação e raciocínio. A hipótese do perispírito como modelo organizador biológico não exclui as descobertas da biologia; ela as integra numa abordagem mais ampla e coerente.

Negar essa possibilidade não é ser científico, mas ideológico. O verdadeiro espírito científico não teme ampliar seus horizontes quando os dados da realidade assim o exigem. E os fatos, tanto fisiológicos quanto mediúnicos, apontam para algo que vai além da matéria: uma inteligência que atua sobre ela.

Por isso, dizemos com firmeza:

O Espiritismo oferece a chave que falta para completar a compreensão da vida e da morte. Não se opõe à ciência verdadeira; ao contrário, convida-a a evoluir para além do reducionismo materialista.

O corpo morre. Mas a consciência, e o princípio que sustentava a organização desse corpo, seguem vivos. Essa é a chave. Essa é a ciência espiritual inaugurada por Allan Kardec. E é esse o legado que nos cabe estudar, divulgar e honrar com seriedade, profundidade e razão.

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