Revisitando André Luiz: Ação e Reação

Capa: Ação e reação
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Depois da descoberta de que, de Espiritismo, eu não conhecia nada (o que se deu há quase um ano) e com a confirmação de que uma série de dúvidas que eu sempre mantive em minha mente, e que vieram se acentuando conforme passei a colocar a cabeça para funcionar, deixei de ler as obras realizadas através da mediunidade de Chico Xavier.

Recentemente, porém, instigado pela sugestão de uma moça, em um grupo, que recomendou estudar a obra Ação e Reação para entendermos o porque os animais sofrem dores, encontrei diversas incongruências, desde as várias já conhecidas, entre os “ensinamentos” transmitidos por André Luiz e os postulados doutrinários do Espiritismo, passados pelo duplo controle do crivo da razão e do ensinamento geral dos Espíritos.

Não mais posso deixar passar, cegamente, diversos conceitos que, antes, eram mais ou menos aceitos sem raciocinar. Não após passar a conhecer Allan Kardec em sua essência, através dos estudos da Revista Espírita, e também após começar a entender os conceitos de autonomia e moral, fundamentados pelo Espiritualismo Racional e desenvolvidos pelo Espiritismo.

Resgates coletivos? Ação e reação? Olha, se tem alguma forma de tirar algo de útil, dessa obra, é primeiro necessário conhecer o Espiritismo, profundamente, entendendo-o como desenvolvimento do Espiritualismo Racional e fazendo uso de seus conceitos, pois as mais absurdas ideias têm se espalhado, na Doutrina, por conta desse desconhecimento.

Veja só que complicado:

“Em nosso estudo, porém, analisamos a dor-expiação, que vem de dentro para fora, marcando a criatura no caminho dos séculos, detendo-a em complicados labirintos de aflição, para regenerá-la, perante a Justiça… É muito diferente… “

Ora, está estabelecido, pelo estudo do Espiritismo, que a expiação e a dor não andam inerentemente juntos. O trecho acima leva o leitor incauto a entender que, perante a “Justiça [divina]”, o ser se regenera pela dor, sendo que a dor é uma condição inerente ao Espírito encarnado, e difere de sofrimento moral. Da dor física, sofre o mau e o bom. A expiação pode passar bem longe da dor, mas contar apenas com dificuldades, muitas vezes moralmente sofridas, que visam, segundo o planejamento do Espírito, dar-lhe as oportunidades para o aprendizado.

Contudo, de posse dos novos (na verdade, antigos) conhecimentos, poderíamos dar todo um significado diferente para esse trecho, pela simples observação do termo “que vem de dentro para fora”, o que implica que essa dor está vindo da consciência para o exterior.

É preciso muito cuidado para se ater sobre essas obras — que, na verdade, são romances, e não fontes de estudos — pois sabemos das enormes reservas que Kardec sempre teve com relação às ideias espirituais não passadas pelo duplo controle da razão e do ensinamento geral dos Espíritos. Além disso, sem estar de posse dos conhecimentos mencionados, os romances, em geral, conduzem os leitores para um caminho totalmente adverso do que ensina o Espiritismo, em verdade, e podem causar (como têm causado) mais mal do que bem.

Portanto, aos estudos!

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