MEHMET – ALI, Antigo Pachá do Egito (Primeira Conversa)

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https://www.youtube.com/watch?v=WR8ZR94D9lA&t=4207s

Mehmet-Ali, ou Maomé Ali, 1769 a 1849, foi vice-rei do Egito de 1805 a 1848, na condição de Governador do Império Otomano em nome do sultão.

Considerado como o fundador do Egito moderno, introduziu grandes reformas no país, entre elas: a construção de canais de irrigação para melhor distribuição das águas do Rio Nilo, construção de prédios, instituição de novas leis, impostos, a modernização do exército , etc.. Ele conseguiu considerável autonomia frente ao Império Otomano e também ampliou consideravelmente suas fronteiras. Mais sobre a vida de Mehmet-Ali clique aqui.

Pachá Mehmet-Ali

O Pachá Mehmet-Ali havia morrido há cerca de 10 anos antes dessa evocação, atendo ao pedido de Kardec e seus colegas. Ele disse que viera para os instruir. Eles pediram provas que ele era realmente o Espírito desencarnado do Pachá, no que ele contestou dizendo que o Espirito se revela pela suas palavras, sempre.

Ele disse que estava perto da medium Ermance Dufaux. Ele se “acomodou” em uma cadeira vazia. Ninguém o via.

O Pachá se dizia infeliz (ele usou o termo que estava desgraçado), que estava na condição de errante, que não se lembrava nitidamente de sua existência anterior como Mehmet-Ali…

10. ─ Recordais-vos daquilo que fostes na existência anterior a esta?

─ Eu era um pobre na Terra. Invejei as grandezas terrenas e subi para sofrer.

11. ─ Se puderdes renascer na Terra, que condição escolhereis de preferência?

─ A obscura: os deveres são menores.

12. ─ Que pensais agora da posição que ocupastes ultimamente na Terra?

─ Pura vaidade! Quis conduzir os homens. Sabia eu conduzir-me a mim mesmo?

14. ─ A opinião pública aprecia aquilo que fizestes pela civilização do Egito e por isso vos coloca entre os grandes príncipes. Ficais satisfeito com isso?

─ Que me importa? A opinião dos homens é o vento do deserto que levanta o pó

15. ─ Vedes com prazer os vossos descendentes seguindo o mesmo caminho? Os seus esforços vos interessam?

─ Sim, porque eles têm por objetivo o bem comum.

16. ─ Entretanto sois acusado de atos de grande crueldade. Agora os lamentais?

─ Eu os expio.

17. ─ Vedes aqueles a quem mandastes massacrar?

─ Sim.

18. ─ Que sentimento experimentam eles a vosso respeito?

─ Ódio e piedade.

Revista Espírita abril/1858

O Espírito segue dando suas opiniões a respeito das religiões muçulmana e cristã. Na visão desse Espírito, a primeira ainda era muito materialista, ao passo que a segunda era mais elevada. Diz, inclusive, que considerava que Maomé desvirtuou sua missão, pois quis reinar.

Na opinião de Mehmet-ali, a poligamia era um dos laços que ainda retêm os povos na barbárie; diz, também, entender que a escravidão da mulher não era justificável; diz que a escravidão apenas embrutece o homem; 

Diz ele que a Doutrina Espírita era a Doutrina dos sacerdotes do antigo Egito, que eles recebiam manifestações, tinham a mesma fonte que as recebidas por Moisés, pois eles foram iniciados por eles. Ele continuou dizendo que Moisés queria revelar, enquanto os Sacerdotes Egípcios queriam apenas ocultá-las. Ainda falando sobre as religiões, acrescentou dizendo que todas as religiões-mães estão ligadas entre si por laços quase invisíveis. Elas procedem de uma mesma fonte, sendo irmãs.

Esse Espírito tinha lembranças de outras existências bastante longínquas, dizendo ter vivido no tempo dos faraós por três vezes: como sacerdote(na época de Sesóstris, segundo sua lembrança), como mendigo e como príncipe, sendo a primeira aproximadamente 1900 anos antes de Cristo. Ele dissera que progrediu lentamente.

48. ─ É porque fostes sacerdote naqueles tempos que nos pudestes falar com conhecimento de causa da antiga religião dos Egípcios?

─ Sim, mas não sou suficientemente perfeito para tudo saber. Outros leem o passado como num livro aberto.

Revista Espírita abril/1858

E, então, aparentemente o Pachá se esquiva às últimas perguntas de Kardec, uma sobre o motivo da construção das pirâmides e outra que não chega a ser mencionada.

Essa evocação expressa muito o pesar do Espirito que fez uma encarnação não muito proveitosa para sua elevação moral.

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