queda pelo pecado: a maior mentira já contada à humanidade

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A ideia da “queda pelo pecado”, associada ao dogma do inferno eterno, constitui uma das maiores construções mentais de controle, medo e alienação que já se impuseram à humanidade. Sob a ótica do verdadeiro Espiritismo — o que se baseia exclusivamente nas obras de Allan Kardec, estruturado como ciência de observação dos fatos espirituais — essa concepção é desmascarada em suas bases filosóficas, morais e lógicas.


  1. O Dogma da Queda: Um mito de origem baseado na culpa

O mito da “queda” — presente em diferentes tradições religiosas — parte da ideia de que o Espírito foi criado perfeito, mas caiu por desobediência. Isso implica que a dor, o sofrimento e as imperfeições humanas seriam castigos divinos, consequência de uma culpa original.

Kardec rejeita essa ideia de forma contundente. Em O Livro dos Espíritos, especialmente nas questões 115 a 121, ele demonstra que os Espíritos são criados simples e ignorantes, e que a evolução é fruto de um processo progressivo, natural e racional, e não de uma punição. Não há “queda”: há educação e ascensão. A ignorância inicial não é culpa, é ponto de partida.


  1. O Inferno: uma construção moralista baseada no medo

O dogma do inferno eterno é ainda mais cruel. Ele não apenas limita a liberdade de pensar, mas cristaliza o erro e eterniza o sofrimento, negando a justiça e a misericórdia divinas.

Kardec combate essa noção em O Céu e o Inferno, demonstrando que não há penas eternas. A justiça divina é proporcional, educativa e regeneradora. O Espírito sofre, sim, mas sofre em razão de sua própria inferioridade moral, que persiste enquanto ele a mantiver. O sofrimento é passageiro, didático, jamais punitivo eterno.


  1. A falsa espiritualização do castigo: carma, lei de retorno, ação e reação

No Espiritismo verdadeiro, não há lugar para ideias como “carma”, “lei de ação e reação” ou “lei do retorno”, porque tais conceitos implicam uma justiça automática, quase mecânica, que despersonaliza o Espírito e transforma a vida espiritual numa engrenagem de punições e compensações.

Kardec propõe outra lógica: a liberdade moral e o progresso pelo esforço consciente. As consequências dos atos não são castigos impostos de fora, mas resultados naturais que oferecem ao Espírito oportunidade de compreender, crescer e superar suas limitações. Trata-se de uma pedagogia moral, não de uma contabilidade cósmica.


  1. O efeito perverso desses dogmas: reforçar o desvio e impedir a evolução

Quando alguém é ensinado a acreditar que já nasce culpado, que está manchado por um pecado original, ou que sofrerá eternamente por suas falhas, esse indivíduo internaliza o medo e, muitas vezes, a desesperança. Ao invés de estimular a transformação, tais ideias cristalizam o erro. O homem passa a crer que é naturalmente mau, indigno, perdido — e, assim, justifica seus próprios desvios ou se acomoda na inércia.

O Espiritismo propõe o contrário: o Espírito é perfectível. Ele é livre para escolher, aprender, errar, corrigir, amar e evoluir. Não há culpa eterna, mas responsabilidade contínua. Não há inferno, mas estados interiores de sofrimento ou paz, conforme a consciência se ilumina.


  1. Conclusão: o Espiritismo liberta, não condena

A maior libertação que o verdadeiro Espiritismo oferece à humanidade é essa: a destruição dos grilhões da culpa e do medo, substituídos pela luz da razão e da confiança no progresso. Não caímos de um paraíso: estamos subindo, passo a passo, da ignorância à sabedoria, da imperfeição à virtude.

Não somos condenados por existir: fomos criados para evoluir. Esse é o grande legado de Kardec.

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