{"id":8826,"date":"2024-10-30T11:37:58","date_gmt":"2024-10-30T14:37:58","guid":{"rendered":"https:\/\/www.geolegadodeallankardec.com.br\/?p=8826"},"modified":"2024-10-30T11:38:00","modified_gmt":"2024-10-30T14:38:00","slug":"homossexualidade-e-espiritismo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.geolegadodeallankardec.com.br\/es\/articulos-2\/diverso-2\/homossexualidade-e-espiritismo\/","title":{"rendered":"Homossexualidade e Espiritismo"},"content":{"rendered":"
Este \u00e9 um assunto um tanto denso, cuja abordagem varia conforme o vi\u00e9s utilizado. Alguns tentam conduzi-lo por ideologias; outros, por interpreta\u00e7\u00f5es que desconsideram a pr\u00f3pria ess\u00eancia da natureza humana. H\u00e1 ainda aqueles que procuram justificar o comportamento homossexual humano pelo exemplo dos animais, como se ele se limitasse a uma express\u00e3o de impulsos instintivos e materialistas. Entretanto, os animais, n\u00e3o possuindo consci\u00eancia moral, podem agir de maneira que, aos olhos humanos, parece contradit\u00f3ria \u2014 como nos casos de incesto ou infantic\u00eddio. A quest\u00e3o do comportamento humano, por\u00e9m, n\u00e3o se resolve dessa forma, pois envolve a consci\u00eancia moral do Esp\u00edrito. Focar nesses pontos resulta em desentendimentos e discuss\u00f5es que n\u00e3o levam a lugar algum. Discutir homossexualidade no contexto do Espiritismo, sob a \u00f3tica doutrin\u00e1ria, \u00e9, portanto, fundamental.<\/p>\n\n\n\n
Precisamos destacar que o Espiritismo vai al\u00e9m e, por ser todo moral, d\u00e1 a resposta simples e clara sobre a quest\u00e3o: em tudo, o que importa \u00e9 o Esp\u00edrito, que n\u00e3o tem sexo, e suas a\u00e7\u00f5es. Tendo o Esp\u00edrito o livre-arb\u00edtrio e desde que esse livre-arb\u00edtrio n\u00e3o resulte em mal para os outros, como no caso presente, deve ser deixado livre para agir e deve ser respeitado em suas decis\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n
A explica\u00e7\u00e3o que Kardec d\u00e1 para aquilo que era conhecido como “anomalia”, em sua \u00e9poca, e que ele demonstra ser apenas “aparente”, \u00e9 a seguinte:<\/p>\n\n\n\n
\n\u201cSi esta influencia de la vida corporal repercute en la vida espiritual, lo mismo sucede cuando el Esp\u00edritu pasa de la vida espiritual a la corporal. En una nueva encarnaci\u00f3n traer\u00e1 el car\u00e1cter e inclinaciones que tuvo como Esp\u00edritu; si es avanzado, ser\u00e1 un hombre avanzado; si llega tarde, ser\u00e1 un hombre tarde.<\/p>\n\n\n\n
Al cambiar de sexo, podr\u00e1, bajo esta impresi\u00f3n y en su nueva encarnaci\u00f3n, conservar los gustos, las tendencias y el car\u00e1cter inherentes al sexo que acaba de abandonar. Esto explica ciertas anomal\u00edas aparentes en el car\u00e1cter de ciertos hombres y mujeres.<\/strong>\u201d.<\/p>\n\n\n\n
Por tanto, s\u00f3lo hay diferencia entre el hombre y la mujer en relaci\u00f3n con el organismo material, que se aniquila con la muerte del cuerpo. Pero en cuanto al Esp\u00edritu, el alma, el ser esencial, imperecedero, no existe, porque no hay dos clases de almas.<\/p>\n\n\n\n
Allan Kardec, RE, Ene\/1866<\/p>\n<\/blockquote>\n\n\n\n
Conv\u00e9m repetir que a ci\u00eancia, na \u00e9poca de Kardec, definia tais comportamentos como an\u00f4malos. Kardec, utilizando-se da teoria esp\u00edrita, destaca que \u00e9 apenas uma anomalia aparente, ou seja, n\u00e3o \u00e9, de fato, uma anomalia.<\/p>\n\n\n\n
Ouso ir um pouco al\u00e9m dessa explica\u00e7\u00e3o: e se o Esp\u00edrito, tendo sido mulher em v\u00e1rias vidas, escolhe deliberadamente encarnar como homem, mantendo suas tend\u00eancias, de modo a colher aprendizados? E se ele escolhe tal g\u00eanero de prova visando ajudar, dando seu exemplo? Outrossim, a homossexualidade pode ser simplesmente uma express\u00e3o da natureza do Esp\u00edrito, sem que precise necessariamente de “supera\u00e7\u00e3o” de quest\u00f5es morais. Dessa forma, a orienta\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 uma prova em si, mas uma express\u00e3o leg\u00edtima da pluralidade dos Esp\u00edritos, em seu trajeto evolutivo.<\/p>\n\n\n\n
O ponto \u00e9 que n\u00e3o podemos julgar o passado do indiv\u00edduo, muito menos v\u00ea-lo como algu\u00e9m cumprindo um castigo. Cada Esp\u00edrito \u00e9 \u00fanico e expressa em sua trajet\u00f3ria uma pluralidade de caracter\u00edsticas igualmente valiosas. Por isso, devemos respeitar as escolhas do outro, dentro dos limites da \u00e9tica e da caridade, e estar sempre prontos para ajudar e sermos ajudados, ensinar e aprender, compartilhar e colaborar, sem julgar apar\u00eancias.<\/p>\n
\n\t\t\t\n\t\t\t <\/div><\/div>\n\t\t