Abaixo-assinado: A FEB não representa o Espiritismo!

A Federação Espírita Brasileira (FEB) assumiu um caráter muito distante e, em muitos pontos, diametralmente oposto aos princípios fundamentais do Espiritismo, tão bem demonstrados pelos estudos extenuados de Allan Kardec, que a eles entregou seu tempo, seus recursos, sua saúde e, ao final, sua vida. A FEB recomenda a não evocação, quando ela é ferramenta indispensável para a Doutrina; desaconselha as reuniões particulares, quando os próprios Espíritos superiores as incentivaram, sempre; publica tudo sem a necessária análise doutrinária, produzindo obras contrárias mesmas ao Espiritismo e chegando ao ponto de causar vexame à Doutrina, etc.

Orientado pela FEB, a maior parte do Movimento Espírita, desconhecendo a origem roustainguista (ou rustenista) dessa instituição, entrou por um caminho absurdamente distorcido. Uma rápida leitura de “Ponto Final: o reencontro do Espiritismo com Allan Kardec”, de Wilson Garcia, para entendermos a razão de toda essa distorção: pessoas oriundas do Grupo Sayão, um grupo declaradamente roustainguista, dominou a FEB desde o final do século XIX, inserindo nela e, por conseguinte, no Movimento Espírita Brasileiro, suas características contrárias ao método e à organização necessários para a continuidade do desenvolvimento da ciência espírita, como podemos verificar especialmente nos seguintes artigos da Revista Espírita: ORGANIZAÇÃO DO ESPIRITISMO, de dezembro de 1861, e CONSTITUIÇÃO TRANSITÓRIA DO ESPIRITISMO, dezembro de 1868.

Em sua essência filosófica e moral, o Espiritismo brasileiro também está muito distante da verdadeira face do Espiritismo Consolador, como podemos compreender através da leitura de “Autonomia: a história jamais contada do Espiritismo”.

Não bastasse tudo isso, agora temos evidências diversas de adulterações significativas em obras psicografadas por Chico Xavier, alterando completamente, em alguns pontos, o sentido original do texto. Além disso, temos a grande incógnita chamada “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, cuja psicografia original foi incinerada pela FEB e que, não por acaso, insere diversos absurdos contra a Doutrina, afirmando Roustaing como um grande trabalhador do Espiritismo, junto a Kardec, e o “Anjo” Ismael, Espírito que originalmente mistificava no Grupo Sayão, como um grande dirigente espiritual da pátria brasileira.

Por essas e muitas outras, nós, abaixo assinado, declaramos, para fins de registro, que não nos sentimos representados pela FEB e pelo Movimento Espírita Brasileiro, destacando, assim, o necessário retorno às origens do Espiritismo, devidamente contextualizado pelo entendimento complementar do Espiritualismo Racional e do Magnetismo Animal, de modo a prepararmos o terreno para a futura retomada do Espiritismo como ele realmente é, com a retomada de seu desenvolvimento através da colaboração entre os pequenos grupos, sem instituições acima deles, conforme demonstrado necessário por Kardec, nos artigos anteriormente citados.

O Grupo de Estudos O Legado de Allan Kardec inaugura este esforço meramente para fins de registro, sem nenhuma intenção de disputa ou de proibições, desejando logo ver o Espiritismo sendo entendido e reconhecido como Ciência Filosófica de consequências morais, com seus método e organização restabelecidos e afastado da característica de religião a ele imputada pela FEB, coisa que ele nunca foi (Sessão anual comemorativa dos mortos, RE68).

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